A pílula do dia seguinte poderá ter alguns efeitos adversos que não devem ser ignorados, com particular relevo para os vómitos que podem comprometer a absorção desta.
Além disso, existem medicamentos que cortam o efeito da pílula do dia seguinte, comprometendo a sua eficácia. Saiba quais e que soluções tem no caso de ter tomado algum dos medicamentos referidos nas 4 semanas que antecedem a possível toma para prevenir uma gravidez não desejada após uma relação sexual não protegida.
QUAIS OS EFEITOS ADVERSOS DA PÍLULA DO DIA SEGUINTE?
Como todos os medicamentos, a pílula do dia seguinte pode causar efeitos secundários, sendo que estes não se manifestem em todas as pessoas.
Os efeitos adversos mais frequentes, que podem afetar mais de 1 em cada 10 pessoas são:
- Sensação de enjoo (náuseas);
- Hemorragia irregular até ao próximo período menstrual;
- Dor na região inferior do abdómen;
- Cansaço;
- Alterações de humor;
- Dor de cabeça.
Além disso, outro efeito adverso frequente e que deve sofrer especial atenção são os vómitos, que caso ocorram nas três horas que se seguem à toma do comprimido, deverá tomar outro comprimido imediatamente.
Os efeitos adversos da pílula do dia seguinte são normalmente bastante ligeiros, mas se tiver algum efeito secundário que a preocupe entre em contacto com o seu médico ou farmacêutico.
9 DICAS QUE DEVE SABER
- Este método não se destina a ser utilizado como substituto da contraceção regular sendo menos eficaz que esta.
- Este método não fornece proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis, da mesma forma que nenhum outro tipo de contraceção hormonal.
- O medicamento pode ser tomado em qualquer fase do ciclo menstrual.
- Poderão ocorrer perturbações menstruais, que podem atrasar ou acelerar a menstruação seguinte.
- No caso de um atraso da menstruação superior a 7 dias, a realização de um teste de gravidez é recomendada.
- A pílula do dia seguinte não deve ser tomada em caso de suspeita de gravidez
- Amamentação: Não é recomendada a amamentação durante uma semana após a toma.
- A ação contracetiva pode ficar diminuída devendo associar -se um método de barreira fiável (preservativo, por exemplo) até ao início da menstruação seguinte.
- É recomendada a leitura do folheto informativo do medicamento.
MEDICAMENTOS QUE CORTAM O EFEITO DA PÍLULA DO DIA SEGUINTE
Alguns medicamentos poderão impedir que a pílula do dia seguinte atue corretamente, estes incluem:
- Barbitúricos e outros medicamentos utilizados para tratar a epilepsia (por exemplo, primidona, fenitoína e carbamazepina);
- Medicamentos utilizados para tratar a tuberculose (por exemplo, rifampicina, rifabutina);
- Tratamento para a infeção pelo VIH (ritonavir);
- Medicamento utilizado para tratar infeções por fungos (griseofulvina);
- Medicamentos ou suplementos alimentares à base de plantas contendo Erva de São João (Hypericum perforatum);
- Ciclosporina (medicamento que suprime o sistema imunitário).
Caso tenha utilizado qualquer um dos medicamentos descritos durante as últimas 4 semanas, a contraceção de emergência oral poderá não ser adequada.
Deve, assim, consultar um médico que poderá prescrever outro tipo de contracetivo de emergência (não hormonal), isto é, um dispositivo intrauterino de cobre (DIU-Cu).
Veja também:
Pílula do Dia Seguinte – Características e Preço
Infeção urinária – Saiba como prevenir

Farmacêutica desde 2014, com um gosto pela escrita e pela partilha de conhecimento. Acredito na importância do papel interventivo dos profissionais na partilha de informação credível e útil para prevenção de doenças e promoção da saúde. Apaixonada pelos temas de saúde e bem-estar, em especial pela dermocosmética e suplementação e pelo seu papel na melhoria da qualidade de vida.